quinta-feira, 5 de maio de 2011

Querida, use o secador!

Bom dia!

Como vocês amanheceram?!

Inspirada por uma recente experiência , resolvi contar algo para vocês: não gosto de SECADOR DE CABELO!

Pronto.

A única coisa que eu gosto no meu cabelo é shampoo e condicionador, de preferência todos os dias.
Chapinha, química, secador, nada disso me atrai!

Minhas amigas são provas vivas disso: sempre saio de cabelos molhados!

Salvo raras exceções de festas que exigem penteados, ou então quando estou na casa de alguém que possui a famosa "prancha" e pede pra fazer no meu cabelo e eu digo: sim, tudo bem!

E eu não tenho nada contra tudo que se usa no cabelo, reparem as minhas fotos, se vocês avistarem algum grampo, com certeza a festa exigiu!

Eu fugia das regras, poderia estar feia de cabelos molhados, mas simplesmente não ligava para nada disso, nunca tive vaidade com nada, até agora.

Até que tive um surto no Brazil e resolvi atravessar o oceano.

A Suécia me ensinou algumas coisas, uma delas é que a CERA QUENTE, vício que tenho desde os 16 anos, havia ficado no Brazil.

A primeira parte da descoberta da minha vaidade!
Eu sempre tive medo de tirar a minha sobrancelha com PINÇA, sempre achava que ia errar, que ia deixar tudo torto, e graças a Deus existiam os salões especializados nisso, com mulheres de mãos incríveis  que faziam mágica com a CERA no meu corpo!  A-M-O

Só que a CERA não viajou comigo, e então fui gentilmente apresentada a gilete e a pinça.
Como se uma mão invisível me dissesse: "Só tem isso. Te vira!"

Eu passei umas 2 horas na frente do espelho tentando acertar a sobrancelha, o buço, e no final das contas não saiu tão ruim assim. Eu terminei o trabalho não tão satisfeita, mas feliz com a tentativa.
Ao menos a sobrancelha ficou com menos pêlos.

É engraçado quando temos que tentar algo novo.
Achamos que somos incapazes de fazer, ou temos a sensação de que vai sair errado se tentarmos.
Não nos parece natural fazer algo que não se está acostumado, é muito estranho.
E não deixa de ser estranho mesmo depois que tentamos.
Leva algum tempo até se acostumar.

Somos apresentados ao MEDO de forma assustadora, e ele nos convence de que será uma boa companhia.
E lá estou eu, novamente na Suécia, com 1 grau positivo, sensação térmica de menos 3 graus e com vento uivando do lado de fora.
Só que dentro de casa com os cabelos molhados, louca pra sair.

Então meu amigo MEDO me apresenta o SECADOR, e diz: "Você nem sabe ligar isso!"

Então minha vida toda passou em câmera lenta, eu peguei o secador  e fui firme e confiante: queimei as pontas das orelhas como ninguém nunca havia feito antes!!!

Bravo!!

Nas vezes seguinte eu continuei queimando as orelhas, porém com menos intensidade e mais cuidadosa com meu mais novo colega que sopra quenteeeeeeeee!!

São tentativas não usuais, sair do nosso lugar de conforto é um desafio tão grande que muitas pessoas passam a vida inteira tendo o MEDO como aliado e vivendo conforme o que ele indica.
E com coisas muito maiores e muito mais infinitas, afinal o RISCO é melhor amigo da CORAGEM e pra ter coragem...vixi!!

Deixar de ser Professora pra virar Enfermeira e assumir responsabilidades como tal é algo tão desafiador pra mim como um macaco enfrentar a água pra fugir do Zoológico do CIGS em Manaus.

Ainda assim, de vez em quando, alguns criam coragem e se jogam na água mesmo sem saber nadar!
Daí os tratadores vêm e os salvam de um possível afogamento.
E quando eles aprendem a pular', não desistem facilmente, então os outros assistem a maior loucura de todos os tempos: um macaco nadando!

E queridos, pasmen, eu estou tendo aulas de natação!
Eu sou a próxima a pular nessa água e atravessar o rio: ainda que eu queime as orelhas!

E eu vou dar o melhor de mim, ainda que não funcione na primeira vez, mas na segunda eu estarei bem mais preparada.

Ontem, eu tive que enfrentar dois rios Amazônicos, no primeiro eu me diverti muito atravessando, mas no segundo, confesso, parei na metade da travessia com medo de afogar-me.

Parece que o rio da vida é sempre intenso e forte demais em algumas situações.
E quando as águas são gélidas?!?

Quando tratamos de assuntos emocionais, então parece que Michael Phelps é muito menor do que aparenta.
E aquelas braçadas em recordes mundiais são absolutamente nada em se tratando do coração.

Eu gostaria de ser como o Nadador acima, mas meu coração foi machucado demais e não consigo ter nem metade do fôlego de Phelps.
Mas ele é um excelente incentivo para tentar atravessar.

E talvez seja esse o escape: um estímulo.
Um objetivo. Um sonho. Um desejo.

Mas o MEDO passa por tudo isso conosco.

Atrevessar o rio do coração é uma angústia grande e parece interminável.
Mas só PARECE.

Você precisa dar um passo até o secador, ligá-lo e pronto!
Ou se você estiver em frente a água, então é a hora de aprender a nadar!

Quando eu enfrentei o rio do meu coração, eu parei no meio da travessia e olhei as águas passadas.
E vivi um dia inteiro paralisada.

Mas então, ainda molhada eu respirei fundo, olhei para o horizonte e avistei  um sorriso lindo e sincero na margem. Entao eu continuei, havia um estímulo para ser feliz de novo, e se a oportunidade está há alguns passos de distância, então vale a pena NADAR!

Ou queimar um pouco as orelhas!

O desafio pode ser grande, dificil, aparentemente impossivel.
Mas já está na hora de você encarar o secador.

Ou vai preferir ficar de cabelos molhados?

"Só há uma pessoa que pode vencer você: você mesmo!"

Bye !